Marido de brasileira em estado vegetativo após mal súbito planeja voltar dos EUA para o Brasil de motorhome: 'Não temos opção'

  • 15/10/2025
(Foto: Reprodução)
Brasileira sofre mal súbito nos EUA, fica em estado vegetativo e família tenta voltar ao Brasil Sem dinheiro para arcar com os gastos de uma UTI aérea, o marido de Fabíola da Costa, de 32 anos, que sofreu um mal súbito em setembro de 2024 nos Estados Unidos e ficou em estado vegetativo, planeja chegar ao Brasil de motorhome com os três filhos e a esposa. “Se não conseguirmos o valor da UTI aérea, não temos outra opção. O dinheiro que já arrecadamos está sendo usado para viver aqui. É um ciclo: quanto mais o tempo passa, mais gastamos, e menos chance temos de voltar”, explicou Ubiratan Rodrigues, de 41 anos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp O plano de viajar em um veículo adaptado da Flórida, onde mora atualmente, até Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde vivem os familiares, surgiu como alternativa, já que trazer Fabíola de avião custaria entre 50 mil e 200 mil dólares, valor entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão, quantia que o esposo ainda não conseguiu arrecadar, apesar da mobilização nas redes sociais. De acordo com Ubiratan, para comprar um motorhome equipado com uma cama fixa, equipamentos médicos, oxigênio e suporte para traqueostomia, os gastos cairiam para cerca de R$ 200 mil, aproximadamente 40 mil dólares. O veículo ainda não foi comprado, mas, segundo ele, a compra deve ser concluída até o fim de outubro. “A adaptação é simples. Com o carro certo, fixo a cama no piso e prendo os equipamentos. O mais importante é ter estabilidade e espaço para ela viajar deitada, com o tronco inclinado”, disse. Rota desviada por segurança e para pontos de apoio Preocupado com a segurança da esposa e dos filhos, Ubiratan já traçou uma rota alternativa que evita regiões perigosas e trechos de deserto, especialmente nos estados norte-americanos do Novo México, Califórnia e Arizona. “Desviar do deserto aumenta o trajeto em até 30%, mas é necessário. Também incluo locais com hospitais, postos de polícia e pontos de apoio”, contou Ubiratan. A viagem tem previsão para começar no início de novembro, na Flórida, e pode durar cerca de 50 dias, conforme planeja o marido da brasileira. O trajeto vai passar pelo México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador e Peru. A entrada no Brasil deve ocorrer pelo Acre, com destino a Minas Gerais. O percurso tem mais de 6.800 km. Estado de saúde estável, mas família enfrenta desafios Fabíola da Costa teve um mal súbito nos EUA Ubiratan Rodrigues/Arquivo Pessoal Desde 2019, Fabíola mora nos Estados Unidos. Em setembro de 2024, ela sofreu um mal súbito em casa, na Flórida, e enfrentou três paradas cardíacas e uma perfuração no pulmão devido às massagens cardíacas. Hoje, vive sem diagnóstico fechado. Com uma vida normal, saudável e sem problemas de saúde anteriores, a mineira ainda teve falta de oxigenação no cérebro, o que causou as sequelas graves. Segundo o marido, a esposa reage a estímulos, sente dor, chora e se movimenta, mas permanece em estado vegetativo e exige cuidados integrais. Todos os dias, Ubiratan dedica tempo aos cuidados da companheira e cuida da criação dos três filhos, sendo uma criança de 5 anos e dois adolescentes, de 14 e 17 anos. Isolados da família no exterior, o casal enfrenta dificuldades emocionais e financeiras, pois ele teve que deixar o trabalho como caminhoneiro para cuidar dela. “A única saída viável hoje é essa. Nossa esperança está em voltar para Juiz de Fora e contar com o apoio da família e do SUS. Estamos esgotados emocionalmente e financeiramente. Não dá mais para esperar", concluiu. LEIA TAMBÉM: Tratamento de brasileira em estado vegetativo nos EUA já passou de R$ 270 mil Marido de brasileira que está em estado vegetativo alega negligência médica nos EUA: 'Foram muito frios' Brasileira sofre mal súbito nos EUA, fica em estado vegetativo e família tenta voltar ao país: 'Um pesadelo', desabafa marido Ajuda consular e doações O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Orlando, acompanha o caso e oferece suporte consular e psicológico. No entanto, não há apoio financeiro para o transporte da paciente. As doações arrecadadas por meio de vaquinhas até agora servem para manter a família nos EUA, o que, conforme Ubiratan, reduz a quantia inicialmente disponível para a UTI aérea. “As pessoas doam uma vez. O problema é que a arrecadação desacelera, mas as despesas continuam. Já estamos nessa há mais de um ano", explicou. O g1 entrou em contato com o Public Affairs Office of U.S. Customs and Border Protection (Escritório de Assuntos Públicos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA) para esclarecer as exigências legais de uma viagem internacional por terra com um paciente em estado vegetativo, crianças e equipamentos médicos. Em nota, o órgão informou que, geralmente, a prática é permitida, mas os viajantes devem cumprir as regulamentações e os procedimentos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, assim como os requisitos de entrada do país de destino. É necessário, por exemplo, apresentar a documentação do veículo e dos viajantes, além de entrar em contato com o setor responsável para obter orientações sobre outras informações e eventuais documentos adicionais. Também é necessário que o motorhome esteja equipado com todos os suprimentos essenciais para a viagem, incluindo comida, água e equipamentos médicos, se aplicável. *sob supervisão da editora Carol Delgado. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/10/15/marido-de-brasileira-em-estado-vegetativo-apos-mal-subito-planeja-voltar-dos-eua-para-o-brasil-de-motorhome-nao-temos-outra-opcao.ghtml


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